10 de abr. de 2011

Nem mesmo as lágrimas

Dói, dói tanto que até chorar faz feliz, por parecer amenizar essa dor. Mas já não choro, as lágrimas se rejeitam a cair, e eu me rejeito a voltar atrás.
Quero dormir. Preciso dormir. Os sonhos ultimamente me alimentam mais que qualquer ilusão. Acordo e vejo no espelho alguém diferente. É outro dia ou ao menos parece ser no entanto, devo continuar. Sigo e não sinto nada, o que aconteceu? Não sei a resposta.
A dor parece ter passado e ficou só a dormência, até parece que fui anestesiada. Porque hoje tem sido como ontem: ouvi novamente o mesmo timbre de voz, estive ao seu lado, te olhei... Me olhastes.
Porém, encontra-te, como sempre, ainda mais distante de mim. E isso é o que me atormenta, essa distância constante das nossas aproximações.