30 de ago. de 2011

(Gaste seu amor por inteiro)

Economizar amor é avareza.
Coisa de quem funciona na frequência da escassez.
De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois.
É terrível viver contando moedinhas de afeto.
Há amor suficiente. Há amor para todo mundo.
Há amor para quem quer se conectar com ele.
Não perdemos quando damos:
Ganhamos junto.

29 de ago. de 2011

ALEGRIA, ESBANJE-SE!


Não quero a tristeza. Não, hoje não. Hoje eu quero sorrir! Sem motivo, sem vergonha, sem medo. Quero todos os ventos felizes que anseiam me rodear; quero atraí-los a mim. Quero fazer valer essa vontade avassaladora de respirar alegria, não importa de onde venha. Quero todo carinho disponível, quero todos os sorrisos conquistáveis, quero a serenidade de um olhar amoroso, quero doar abraços sinceros, quero aquela amizade que aconchega, quero a felicidade que está contida na simplicidade de cada momento. Quero a beleza do viver. Alegria, esbanje-se! Saia por aí dando suas piruetas, expulse a frieza dos corações. Seja folgada, espaçosa, inconveniente! Entre! Não precisa bater. Eu só te peço uma coisa: por favor, me faça sorrir. Hoje, eu só preciso sorrir.

28 de ago. de 2011

NONSENSE

Também não é preciso ter lógica para sorrir, mesmo sem nexo: sorria!

Isto também passará

Era uma vez um rei que disse aos sábios da corte:
_ Estou fabricando um precioso anel. Adquiri um dos melhores diamantes possíveis. Quero esconder dentro do anel uma mensagem que possa me ajudar em momentos de desespero total e que ajude meus herdeiros e os herdeiros de meus herdeiros para sempre. Tem que ser uma mensagem pequena, que caiba debaixo do diamante do anel.
Todos que escutaram eram sábios, eruditos, que poderiam escrever grandes tratados, mas, uma mensagem com não mais de duas ou três palavras que pudessem ajudar em momentos difíceis…
Eles pensaram, procuraram em livros, mas não puderam achar nada.
O rei tinha um velho criado que também tinha sido criado de seu pai. A mãe do rei morreu cedo e este criado havia cuidado dele, então era tratado como se fosse da família. O rei sentia um imenso respeito pelo velho homem, de forma que também o consultou. E este lhe falou:
_ Não sou sábio, nem erudito, nem um acadêmico, mas conheço uma mensagem. Durante minha vida no palácio, conheci todos os tipos de pessoas e, em uma ocasião, conheci um místico. Era convidado de seu pai e estava a seu serviço. Quando, com gesto de agradecimento deu-me esta mensagem, o velho homem escreveu em um pequeno papel, dobrou e entregou ao rei. _ “Mas não leia.” – disse ele – “Mantenha-o escondido no anel, somente abra quando não tiver outra saída”.
Esse momento não tardou a chegar. O seu Reino foi invadido e o rei perdeu a batalha. Estava escapando em seu cavalo e seus inimigos o perseguiam. Estava só, e seus perseguidores eram muitos. Chegou em um lugar onde o caminho havia acabado, totalmente sem saída. Na frente havia um precipício com um vale profundo, cair seria o fim. Não podia voltar, porque o inimigo havia fechado o caminho. Já se podia ouvir o barulho dos cavalos. Não podia continuar e não havia outro caminho.
De repente lembrou-se do anel. Abriu-o, tirou o papel e lá encontrou a mensagem pequena, tremendamente valiosa, que, simplesmente, dizia:
“Isto também passará”.
Enquanto lia a mensagem, sentia que caía sobre ele um silêncio. Os inimigos que o perseguiam deveriam ter se perdido na floresta ou se enganado de caminho. O certo é que pouco a pouco deixou de escutar os cavalos.
O rei sentia-se profundamente grato ao criado e ao místico desconhecido. Aquelas palavras eram milagrosas. Dobrou o papel, pôs novamente no anel, juntou seus exércitos e reconquistou o Reino.
No dia em que entrou novamente vitorioso no palácio, tinha uma grande celebração, com músicas, danças… e ele sentia muito orgulho de si mesmo.
O velho criado estava ao seu lado na carruagem e falou:
_ Este momento também é adequado, olhe novamente para a mensagem.
_ Por quê? Agora eu sou vitorioso, as pessoas celebram minha volta, eu não estou desesperado, não estou em uma situação sem saída.
_ Escute-me – disse o velho criado – “Esta mensagem não é só para situações desesperadoras, mas também prazerosas. Não é só para quando estiver derrotado, mas para quando estiver vitorioso. Não só para quando for o último, mas para quando for o primeiro”.
O rei abriu o anel e leu a mensagem:
“Isto também passará”.
Novamente sentia a mesma coisa, o mesmo silêncio em meio a multidão que celebrava e dançava, mas o orgulho e o ego haviam desaparecido. O rei pôde compreender a mensagem. Tinha sido iluminado.
Então o velho homem falou:
_ Recorda-se de tudo o que você passou? Nenhuma coisa ou emoção é permanente. Como o dia e a noite, há momentos de felicidades e momentos de tristezas. Aceite-os como parte natural das coisas, porque eles fazem parte da natureza de sua vida.

27 de ago. de 2011

Aumente o volume. Ou desligue para sempre, você me entende?

Não me deixe mais paquerar qualquer cara bobo, mal vestido, sem assunto e sem magia só porque preciso de algum bosta me ligando pra me sentir mais mulher. Isso é coisa de gente imoral, de gente com mais medo da solidão do que o auge do meu medo da solidão. Não me deixe mais confundir amor com ego e ficar aprisionada tantos bons anos num rapaz tão comum. Comum ao ponto de eu querer ser tão comum quanto ele só porque, para mim, isso é ser diferente.

LIMO

Quando conseguiu enxugar a mágoa, a vida voltou a fluir.
Que mágoa é água que não leva.
Que mágoa é água que não lava.
Que mágoa é água estagnada.

Fundamental é mesmo o amor!

23 de ago. de 2011

"From the beginning of the aria then please mademoiselle..."

Pense em mim com carinho
Quando nos despedirmos
Lembre-se de mim de vez em quando
Por favor, prometa-me que irá tentar
Quando achar aquilo que tanto deseja
Venha buscar o seu coração e fique livre
E se tiver um momento
Pense um pouco em mim

Nunca dissemos que o nosso amor era perfeito
Nem imutável como o mar
Mas se ainda puder se lembrar
Pare e pense em mim

Pense em todas as coisas
Que passamos e vimos
Não pense em como
As coisas deviam ter sido

Pense em mim, quando acordava, silenciosa e resignada
Imagine-me esforçando para afastá-lo de meus pensamentos

Lembre daqueles dias, relembre aquela época
Pense nas coisas que nunca faremos
Nunca haverá um dia em que eu não pense em você.

As flores perecem, As frutas do verão perecem
Elas tem as suas épocas, Assim como nós
Mas, por favor, Prometa que de vez em quando,
Você vai pensar...


Composição: Andrew Lloyd Webber / Charles Hart

The angel of music...

6 de ago. de 2011

(RE)COMEÇAR.

Vontade de aproveitar esse tempo que perdi. Falo dos amigos esquecidos, dos abraços deixados pra outra hora, de declarações não feitas. E tudo isso por achar não ter mais cabeça para nada, só sofrer. Incrível tal limitação humana que nos invade, e a gente nem se quer reage para controlar-se. E depois de muito tempo no fundo do poço, levantamos e nos damos conta de que há ainda muito o que se viver, o que se aprender, o que se ver... É aí que lutamos até chegar ao topo outra vez, custando o que custar, só para recomeçar!

Agora sei o que é estar bem consigo mesmo, e querer cada vez mais o melhor... Que, com certeza, está por vir!

SUGESTÕES PARA ATRAVESSAR AGOSTO:


Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro- e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições. Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos. Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim. E econômica. Mas pobres ou ricos, há conselhos - ou precauções - úteis a todos. O mais difícil: evitar a cara de Fernando Henrique Cardoso em foto ou vídeo, sobretudo se estiver se pavoneando com um daqueles chapéus de desfile a fantasia categoria originalidade... Esquecê-lo tão completamente quanto possível (santo ZAP!): FHC agrava agosto, e isso é tão grave que vou mudar de assunto já.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Emoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques-tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire , a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas- coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito, perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco.
E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso, é o seu lado certo…