22 de dez. de 2012

O amor ser cego não me adianta. Eu precisava que ele fosse surdo.
Porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Eu não tinha a intenção de falar tanto, mas me senti bem de deixar sair o que estava dentro de mim.
Para ver muita coisa é preciso despregar os olhos de si mesmo.
Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente…

21 de dez. de 2012

Amores não se encomendam como vestidos; sobretudo não se fingem, ou não se devem fingir nunca.

Em: A Mão e a Luva
(…) Então abri a janela para que o ar circulasse e reciclasse toda a energia estagnada. Não preciso mais de entulhos emocionais, nem de exagerar nos meus mergulhos e usar lupas que distorcem as imagens. Agora eu só quero me preocupar com uma nova disposição dos móveis da casa enquanto ponho os pensamentos negativos que me vestiram por tanto tempo na máquina de lavar.

Todos os voos começam com uma queda.
Não resmungou nem gemeu nem bateu com os pés. Simplesmente engoliu a decepção e optou por um riso calculado - um presente dela para si mesma.
Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então encontra uma pessoa, e sua vida muda. Pra sempre.

1 de dez. de 2012

Eu parei de fingir que não me importo e comecei a não me importar mesmo.
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: Leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração.
Não chorei, não gritei, não fiquei chateado, não bati pé. Pra que fazer tanto barulho? Que vá, nunca me pertenceu.