6 de set. de 2012


Eu só acolho o seu amor se for em silêncio, meu bem. Eu só sei abrigar suas histórias quando o sol vai embora, quando estamos no escuro sem defesa de nós mesmos, sem gente para atacar, sem mistério maior do que a nossa fraqueza de se entregar. Fala baixinho, amor, que os trapaceiros estão por aí querendo descobrir esse elixir que sai de nossos lábios unidos. Eu preciso ouvir outra vez suas palavras calmas e pausadas sendo sussurradas em meu ouvido sem nenhuma interrupção. Deixa a luz do quarto apagada, entra debaixo dos cobertores, porque a gente se vê melhor de olhos fechados. Fecha as cortinas e vem se isolar da rua comigo. Faz muito tempo que eu só quero existir para você.