Uma roubava livros. O outro roubava o céu. [...]
Como se dá a alguém um pedaço do céu?
No fim de fevereiro, ela parou na rua Munique e observou uma nuvem gigantesca aproximar-se por sobre as colinas, como um monstro branco. Escalou as montanhas. O sol foi eclipsado e, em lugar dele, uma fera branca de coração cinzento vigiou a cidade.
– ...parecia uma grande fera branca – disse a menina, em sua vigília seguinte junto ao leito – e veio por cima das montanhas.
Quando a frase foi concluída, com vários ajustes e acréscimos diferentes, Liesel achou que havia conseguido. Imaginou a visão da nuvem passando de sua mão para ele, através dos cobertores, e a escreveu num pedaço de papel, colocando a pedrinha em cima.
No fim de fevereiro, ela parou na rua Munique e observou uma nuvem gigantesca aproximar-se por sobre as colinas, como um monstro branco. Escalou as montanhas. O sol foi eclipsado e, em lugar dele, uma fera branca de coração cinzento vigiou a cidade.
– ...parecia uma grande fera branca – disse a menina, em sua vigília seguinte junto ao leito – e veio por cima das montanhas.
Quando a frase foi concluída, com vários ajustes e acréscimos diferentes, Liesel achou que havia conseguido. Imaginou a visão da nuvem passando de sua mão para ele, através dos cobertores, e a escreveu num pedaço de papel, colocando a pedrinha em cima.
(Em: A menina que roubava livros)